sexta-feira, 5 de abril de 2013

TECIDO CARTILAGINOSO

       A cartilagem possui células denominadas condrócitos, que ocupam pequenas cavidades, denominadas lacunas, situadas dentro da matriz extracelular secretada por elas. A cartilagem não possui vasos sanguíneos, linfáticos ou nervos, as suas células recebem nutrientes, que se difundem pela matriz proveniente de vasos sanguíneos presentes no tecido conjuntivo que envolve a cartilagem. A matriz extracelular é composta por glicocosaminoglicanos e proteoglicanos, que estão intimamente associados às fibras de colágeno e elásticas, que permeiam a matriz. A cartilagem e altamente flexível permitindo a  capacidades de agir como um amortecedor, ela cobre as superfícies articulares dos ossos, sua superfície lisa torna possível a movimentação das articulações do corpo quase totalmente sem fricção. Segundo as fibras presentes na matriz, há três tipos de cartilagem, a hialina, elástica e a fibrocartilagem.
       A cartilagem hialina, sua matriz possui colágeno tipo II, é a mais abundante do corpo e exercem muitas funções ela forma o molde cartilaginoso de muitos ossos durante o desenvolvimento embrionário, e constitui as placas epifisárias dos ossos em crescimento, são encontradas nas extremidades articulares dos ossos longos, nariz, laringe, traqueia, brônquios, extremidades ventrais das costelas.
       A cartilagem elástica contém colágeno tipo II e abundantes fibras elásticas dispersas por toda matriz dando-lhe maior flexibilidade, esta presente no pavilhão das orelhas, nas tubas auditivas internas e externas, epiglote e laringe. Por causa dessa presença de fibras elásticas a frescor, a cartilagem elástica é amarela e maior opaca que a cartilagem hialina, com frequência a cartilagem elástica está associada a hialina, na maioria das vezes possuem o mesmo aspecto. A camada fibrosa externa do pericôndrio é rica em fibras elásticas.
       A fibrocartilagem está presente nos discos intervertebrais na sínfise púbica, nos discos articulares e ligadas aos ossos, esta associada a cartilagem hialina e aos tecidos conjutivos denso, ao qual se assemelha, este tipo de cartilagem ao contrário das outras não possui pericôndrio, possui uma quantidades escassa de matriz, e possui feixes de colágenos tipo I, que se cora de modo acidófilo.
 



As Células do Tecido Cartilaginoso:

       Os condrócitos são células mais velhas e usadas, circulares ovaladas que já secretaram matriz extracelular e que por isso ficaram envolvidas por matriz extracelular, têm pouco reticulo endoplasmático e complexo de golgi, e já são células que trabalham mais lentamente, daí a pouca presença de organelas e proteínas, além de não receberem vasos e nervos o que dificulta ainda mais a velocidade do metabolismo celular interno e externo. Condroblastos são células jovens e que ainda não foram envolvidas pela matriz extra celular, tem um complexo de golgi e reticulo endoplasmatico rugoso e são bastante desenvolvidos, tendo assim um importante papel na secreção de colágeno tipo II. São as células comumente encontradas na cartilagem.
 
1 - Condroblasto, 2 - Condrócito, 3 - Grupo Isógeno, 4 - Matriz Cartilaginosa

CORRELAÇÕES CLÍNICAS:

       Há degradação da cartilagem hialina quando os condrócitos se hipertrofiam e morrem a matiz começa a calcificar-se. Este processo é uma parte normal e integral da formação endocondral de osso, entretanto também é um processo natural do envelhecimento, resultando em menor mobilidade e dor das articulações, geralmente as regenerações de cartilagem e pobres exceto em crianças, as células condrogênicas do pericôndrio penetram na lesão e forma novas cartilagem, quando a lesão é grande, as células formam tecidos conjuntivo denso a fim de reparar a lesão.
       Um disco rompido significa uma dilaceração ou rompimento das lâminas do ângulo fibroso através do qual o núcleo pulposo gelatinoso faz extrusão. Esta condição ocorre com maior frequência nas porções posteriores dos discos, particularmente nas porção lombar das costas, onde o disco pode deslocar-se, uma “hérnia de disco” causa dor grave e intensa na região dorsal inferior e nas extremidades, porque o deslocamento dos discos comprimem os nervos espinhais inferiores.



REFERENCIA: GARTENER, Leslie P.;HIATT, James L. Trato de histologia em cores. 2. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
 

2 comentários:

  1. Parabéns pelo site, muito informativo, espero novas postagens!

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  2. Muito bom... me ajudou muito na minha pesquisa...

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